31 de março de 2012

Batendo cabeça com o Mick - Os novos tempos estão chatos.


Em meu segundo texto para o Zoação 40, uso a palavra ‘tempo’ no título. Sou mesmo um cara apegado com esse negócio de passado, presente e futuro. Mas deixo claro que esse título negativo não tem haver com minha vida pessoal, que está indo muito bem. Hoje trabalho e tenho meu dinheirinho suado, namoro uma mulher muito especial e posso contar com meus amigos para o que der e vier. Também não reclamo das mudanças tecnológicas que tem ocorrido quase que da noite para o dia ultimamente, afinal essas inovações só vieram para melhorar o estilo de vida da nossa sociedade americanizada, que felizmente sempre está com mente a aberta para novas introduções (não pude evitar o termo, rs!)
O que não tem me agradado é a falta de boas novidades nas coisas que gosto muito, como cinema e música (se quiser pode trocar essa ultima palavra por Rock). O futebol pelo menos ainda me motiva, mas sou um torcedor fanático e fico feliz até quando meu time ganha do Nova Iguaçu! Apesar de que hoje em dia não tenho a mesma disposição de outros tempos para ir ao estádio, ficar na fila do ingresso, acompanhar o jogo com um bando de negão suado do meu lado, e depois voltar pra casa cansado. A emoção existe, é claro. Não dá para comparar a sensação de ver seu time de perto em meio a uma torcida apaixonada, ou assistir o jogo em casa pela TV. Mas eu não vou até o Engeinhão (o novo templo do futebol carioca) para ver Flamengo x Olaria num campeonato chulo e vazio até nas semi-finais. Pensando bem... até o futebol está ficando estranho.
Agora vou partir para as duas artes que movem minha existência, começando pelo cinema. Para alguém que cresceu alugando filmes toda semana, estar a mais de meses longe de uma locadora é estranho. Não que eu tenha passado a comprar filmes piratas, ou que eu tenha visto os filmes pela TV, mas eu não tenho sentido vontade de ver o que está chegando no mercado cinematográfico. O terror é minha área favorita, mas parece que tudo o que deveria ser feito nesse campo já foi realizado. Começaram com os monstros fantasiosos nas primeiras décadas, como o Frankenstein e o Drácula. Nos anos 60 investiram em fantasmas e mortos vivos. Depois partiram para as possessões demoníacas, e então chegamos a trash década de 80 quando tivemos de tudo, desde seriais Killers (Jason, Freddy Krueger) a objetos inanimados que matavam como brinquedos e até maquinas de lavar! A década de 90 foi só um amontoado da fase passada e finalmente entramos na época atual. Depois da era dos ‘inicios’, onde se conta o começo de alguma série, veio os remakes (Dia dos Namorados Macabro, Halloween, Sexta-Feira 13, todos inferiores ao original) até culminarmos com os chamados ‘filmes documentário’, que trazem a ação através da gravação de algum dos personagens (isso já havia causado algum efeito com A Bruxa de Blair em 1999, mas ficou maior com Atividade Paranormal). Com exceção da série Jogos Mortais, tudo tem sido um mais do mesmo. Para fechar essa parte, fiquei apenas no campo do Terror por ser minha maior especialidade, mas as áreas de ação, comédia e aventura seguem pro limbo também. Nada tem me agradado a ponto que eu possa dizer, ‘isso foi foda!’
Na música, ou no Rock melhor dizendo, posso dizer a coisa anda pior. Das bandas atuais, sejam as que freqüentam a grande mídia ou até mesmo que fazem parte do underground, nada é bom! Nada. As poucas legais são apenas uma cópia de outra banda maior. Tudo bem, confesso que nada se cria, tudo se copia, mas já chegamos ao limite de tudo que poderia existir em termos musicais? Sei que não teremos um novo Freddy Mercury, Hindrex , Kurt Cobain ou outro Renato Russo, mas a falta de personalidade chegou a um nível constrangedor em um estilo que se diz ‘ser atitude’. Numa próxima eu continuo essa critica musical, agora eu só quero um pouquinho de Rock and Roll all Nite”.