22 de março de 2012

Batendo Cabeça com Mick - Não temos mais o tempo que passou



Olá turma, estou estreando minha coluna semanal aqui no Zoação 40 e será muito legal trocar uma idéia e bater cabeça com essa turma. Para começar, nada mais apropriado que um texto saudosista, que fará um paralelo entre um passado não muito distante e a atualidade. Para a geração dos anos 90, este artigo cairá como uma luva.

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Sabe por que nós, garotos e garotas na casa dos 20 e poucos anos, temos tantas boas lembranças do passado? Simples. Na nossa infância e pré-adolescência não existia internet de fácil acesso, Orkut, Facebook, MSN, Twitter e afins. Se tudo isso já existisse na metade dos anos 90, aposto que nossos dias teriam sido diferentes, como os dias da turminha de hoje é bem diferente. Os computadores começaram a ser fabricados nos fim dos anos 70, mas seu uso pessoal só se iniciou de forma tímida na década seguinte. Antes já se falava em internet, mas seu uso só se popularizou na metade dos anos 80 quando a Fundação Nacional da Ciência dos EUA patrocinou um projeto chamado National Science Fundation Network, que finalmente iria abrir as portas da nossa querida “net” para o mundo. O caminho já existia há mais de 20, mas as redes sociais (Orkut, entre outros) só nasceram na metade desta última década. E posso ser sincero? Sou muito grato por isso! Caso o senhor Orkut Buyukkokten (o nome da figura já diz tudo), ou o mais famoso Mark Zuckerberg, criador do Facebook, tivesse colocado seu projeto em prática uns 10 anos antes, talvez eu e muitos amigos não fossemos os mesmos. Graças a Deus a tecnologia avançou lentamente!
Sendo assim, vivendo sem a nossa “net” tivemos alguns privilégios que nossos priminhos hoje possivelmente não terão como brincar de pique sabe lá o quê com a turma da rua, jogar um futebol no asfalto, ou para as meninas jogar queimado e se ralar para esquivar da bola. Ver filmes como “Os Goonies”, “Garotos Perdidos”, “Curtindo a Vida adoidado”, “Tubarão” e, pelo menos uma vez no mês, o clássico “A lagoa azul”, na seção da tarde. Dar um role pela rua com os amigos e paquerar as meninas (naquela época não dava pra trocar idéia em bate papo online, ou em MSN, era cara a cara mesmo.). Ou para aqueles que preferiam ficar em casa, tinha os jogos de tabuleiro, como o Banco Imobilário, todos chatos, mas acabávamos nos divertindo por estar com o pessoal reunido. O velho Nintendo, ou Mega Drive, que necessitava de uma boa soprada na fita pra pegar, e quando nosso jogo ficava chato tínhamos que ir à casa de algum colega pegar outra fitinha. Vai pesquisar algo para um trabalho da escola? Não trate de ir atrás de jornais, revistas, ou livros pra ver se você vai conseguir fazer algo. Pra rolar um som nas festinhas americanas só mesmo trazendo aquela pilha de CD’s.
Foram bons tempos. Mas tudo bem, é como dizia aquele cara que morreu nos anos onde a Aids era algo que significava morte certa, “o tempo não para”. Por enquanto é só. Agora vou postar umas fotos no Orkut, responder umas mensagens no Twitter, trocar uma idéia no MSN e curtir algo no Face. Bye, bye!

Por Mick Michael